»»» Políticas, Estratégias e Práticas de Prevenção e Combate ao VIH/SIDA no Trabalho, (Coordenador Científico: Rui Moura), Lisboa, Universidade Autónoma de Lisboa, 180 pp.
O impacto da infecção por VIH/SIDA na produtividade do trabalho tem sido um assunto pouco estudado em Portugal.
A mudança de critérios de evolução da doença têm-se alterado ao longo do tempo, os métodos de tratamento têm evoluído rapidamente e o aumento da sobrevivência dos indivíduos aumenta a sua prevalência.
A maior parte dos estudos sobre o impacto da infecção por VIH foram realizados nos Estados Unidos da América, país onde a epidemia começou alguns anos mais cedo do que na Europa, com a apresentação do primeiro caso no início da década de 1980.
No entanto, as diferenças a nível dos cuidados de saúde e das condições de trabalho entre os Estados Unidos da América e Portugal no tratamento e acompanhamento das pessoas portadoras de VIH, dentro e fora do trabalho, evidenciam cenários discrepantes, pelo que a realidade americana se mostra pouco compatível com a realidade portuguesa.
A introdução da terapia anti-retroviral tripla de alta eficácia (HARRT) mudou a vida das pessoas infectadas.
O percurso evolutivo da doença revela-nos uma fase inicial assintomática, a maior parte das vezes não medicada, apenas com necessidade de monitorização clínica.
De acordo com os médicos especialistas, a infecção por VIH tornou-se uma doença crónica para os seus portadores, os quais podem viver uma vida ‘normal’, o que significa que podem trabalhar e realizar autonomamente todas as suas rotinas de vida, designadamente o trabalho.
No entanto, o estigma/preconceito ligado à doença torna-se um obstáculo à vida social ‘normal’, provocando muitas vezes a desinserção social e profissional. No campo do trabalho a dificuldade/incapacidade de gerir o problema leva à tomada de decisão mais fácil, a qual se traduz na não empregabilidade deste segmento de população ou o seu despedimento com base em outras causas, ou simplesmente a discriminação no local de trabalho.
Actualmente começam a surgir casos de discriminação positiva marcada pela reintegração das redes sociais e pela aceitação das pessoas portadoras de VIH como trabalhadores válidos nas empresas e nas organizações de trabalho em geral.
Existem, contudo, escassos estudos em Portugal sobre este fenómeno, o que não nos permite conhecer a realidade, razão pela qual se considerou essencial a realização de um estudo neste domínio centrado nas políticas, estratégias e práticas a desenvolver nos locais de trabalho visando a prevenção e o combate da doença num quadro em que empregados e empregadores encontrem condições de saúde e segurança no trabalho susceptíveis de garantir um trabalho digno e seguro, sem exposição a riscos ambientais, físicos, psicológicos e sociais.
O estudo permitiu obter uma radiografia da situação laboral das pessoas portadoras de VIH no mundo do trabalho, a partir dos relatos dos empregadores e dos empregados com e sem VIH, bem como sensibilizar todos os actores organizacionais para a identificação das fontes de contágio / transmissão, acompanhamento e suporte social e informação aos trabalhadores, entre outras.
A par da radiografia da situação laboral e da adesão de empregadores e empregados às questões da infecção por VIH, foram identificadas, analisadas e seleccionadas boas práticas adoptadas pelas diversas organizações de trabalho visando a criação de políticas, estratégias e programas de desenvolvimento de acções conducentes a minimizar ou suprimir os problemas associados às condições de saúde e segurança no trabalho resultantes da existência de empregados portadores de VIH como uma doença crónica do século XXI.
O impacto da infecção por VIH/SIDA na produtividade do trabalho tem sido um assunto pouco estudado em Portugal.
A mudança de critérios de evolução da doença têm-se alterado ao longo do tempo, os métodos de tratamento têm evoluído rapidamente e o aumento da sobrevivência dos indivíduos aumenta a sua prevalência.
A maior parte dos estudos sobre o impacto da infecção por VIH foram realizados nos Estados Unidos da América, país onde a epidemia começou alguns anos mais cedo do que na Europa, com a apresentação do primeiro caso no início da década de 1980.
No entanto, as diferenças a nível dos cuidados de saúde e das condições de trabalho entre os Estados Unidos da América e Portugal no tratamento e acompanhamento das pessoas portadoras de VIH, dentro e fora do trabalho, evidenciam cenários discrepantes, pelo que a realidade americana se mostra pouco compatível com a realidade portuguesa.
A introdução da terapia anti-retroviral tripla de alta eficácia (HARRT) mudou a vida das pessoas infectadas.
O percurso evolutivo da doença revela-nos uma fase inicial assintomática, a maior parte das vezes não medicada, apenas com necessidade de monitorização clínica.
De acordo com os médicos especialistas, a infecção por VIH tornou-se uma doença crónica para os seus portadores, os quais podem viver uma vida ‘normal’, o que significa que podem trabalhar e realizar autonomamente todas as suas rotinas de vida, designadamente o trabalho.
No entanto, o estigma/preconceito ligado à doença torna-se um obstáculo à vida social ‘normal’, provocando muitas vezes a desinserção social e profissional. No campo do trabalho a dificuldade/incapacidade de gerir o problema leva à tomada de decisão mais fácil, a qual se traduz na não empregabilidade deste segmento de população ou o seu despedimento com base em outras causas, ou simplesmente a discriminação no local de trabalho.
Actualmente começam a surgir casos de discriminação positiva marcada pela reintegração das redes sociais e pela aceitação das pessoas portadoras de VIH como trabalhadores válidos nas empresas e nas organizações de trabalho em geral.
Existem, contudo, escassos estudos em Portugal sobre este fenómeno, o que não nos permite conhecer a realidade, razão pela qual se considerou essencial a realização de um estudo neste domínio centrado nas políticas, estratégias e práticas a desenvolver nos locais de trabalho visando a prevenção e o combate da doença num quadro em que empregados e empregadores encontrem condições de saúde e segurança no trabalho susceptíveis de garantir um trabalho digno e seguro, sem exposição a riscos ambientais, físicos, psicológicos e sociais.
O estudo permitiu obter uma radiografia da situação laboral das pessoas portadoras de VIH no mundo do trabalho, a partir dos relatos dos empregadores e dos empregados com e sem VIH, bem como sensibilizar todos os actores organizacionais para a identificação das fontes de contágio / transmissão, acompanhamento e suporte social e informação aos trabalhadores, entre outras.
A par da radiografia da situação laboral e da adesão de empregadores e empregados às questões da infecção por VIH, foram identificadas, analisadas e seleccionadas boas práticas adoptadas pelas diversas organizações de trabalho visando a criação de políticas, estratégias e programas de desenvolvimento de acções conducentes a minimizar ou suprimir os problemas associados às condições de saúde e segurança no trabalho resultantes da existência de empregados portadores de VIH como uma doença crónica do século XXI.