‘Stress Ocupacional em Professores do Ensino Básico e do
Ensino Secundário: metamorfoses escolares, riscos e níveis diferenciados de
gestão do stress’
[Posição: Coordenador Científico: período de janeiro a dezembro
de 2016]
O setor do
ensino tem passado por numerosas e sucessivas reformas e por novas situações
sociológicas que instabilizam a classe profissional dos professores e lhes
acarreta angústias, incertezas, receios e outros sentimentos decorrentes de
condições de trabalho consideradas cada vez mais precárias no que respeita
principalmente a riscos psicossociais decorrentes das suas atividades
profissionais que lhes exige a desmultiplicação em inúmeras frentes
relacionais.
Paralelamente,
os professores sentem falta de confiança no trabalho devido a mudanças rápidas,
e as novas tecnologias têm causado muito stress devido à sua incapacidade ou
dificuldade de permanecerem sempre atualizados nas suas áreas de
especialização.
As novas
condições de trabalho acarretam, entre outros fatores, sobrecargas de trabalho
mais elevadas, intensificação de tarefas, maiores responsabilidades, novas
competências e conhecimentos especializados, climas sociais escolares mais
tensos entre todos os atores do ‗sistema
ensino‘.
Os novos
riscos psicossociais influenciam diretamente o stress ligado ao trabalho e as
mudanças operadas criaram problemas de equilíbrio entre a vida profissional e a
vida privada e de saúde mental dos professores, levando a aumentar o stress
ligado ao trabalho.
A longo
prazo, o stress tende a criar sérios problemas de natureza física e psicológica
nos professores, originando lesões osteomusculares, hipertensão, úlceras
digestivas e insuficiências cardiovasculares, bem como distúrbios de sono,
síndrome do esgotamento, manifestações obsessivas, sintomas depressivos,
comportamentos de risco e morte prematura.
Daí que o
estudo tenha partido de interrogações várias, de entre as quais se destacam:
Quais as fontes de stress dos professores? Quais os efeitos do stress no professor
enquanto indivíduo e enquanto docente? Que apoios encontram na microestrutura e
macroestrutura organizacional e social para lidar com as ameaças, com os
constrangimentos e com as dificuldades que os perturbam e os desgastam
mentalmente e fisicamente? Quais as estratégias que os professores utilizam na
gestão das pressões/tensões que as contingências do exercício profissional lhes
impõem? Quais são as melhores soluções e/ou práticas na prevenção e mitigação
do sofrimento que tais situações infligem?
Face a tais
questões o estudo propôs-se caracterizar o fenómeno do stress tal como se
manifesta em situações concretas do trabalho dos professores nas escolas do
ensino básico e do ensino secundário, descrever os traços de personalidade e a
sua influência nas respostas dos professores às experiências de stress e
stressores e dotar os professores de instrumentos de prevenção e gestão do
stress, num contexto de mudanças significativas no ensino e de complexas
interações entre os principais atores envolvidos (corpo diretivo, corpo
docente, discentes, pais/encarregados de educação).
As situações
de disfuncionalidades tendem a suceder quando os professores não controlam as
suas condições de trabalho, ou não possuem estratégias de confronto adequadas
ao contexto, ou não dispõem de apoio social necessário.
Efetivamente existem necessidades reais dos professores para dominarem instrumentos que lhes diminua o stress a níveis aceitáveis, incluindo produtos, conclusões e recomendações diversas de natureza individual, organizacional e institucional.
Em tal contexto justificativo perante o qual os professores ainda não encontram instrumentos suficientemente tratados que lhes permitam elaborar respostas globais aos problemas, o estudo que se apresenta pretende, justamente, além das intenções anteriormente mencionadas, avançar com respostas às incertezas, angústias e pressões sofridas pelos professores, dotando os corpos docentes e os corpos diretivos das escolas com instrumentos capazes de alterar tais situações, designadamente através da apresentação de boas práticas na redução do stress ocupacional, modalidades de organização e gestão escolar, estratégias individuais de gestão do stress, estratégias de formação de professores para o ensino da prevenção de riscos profissionais, diagnóstico de necessidades de formação dos professores em matéria de riscos psicossociais, intervenção tipo de formação / tutoria / consultoria em gestão do stress, perfis profissionais, estrutura e metodologia de um programa e-learning, team building, jogo didático para gestão do stress e jogo pedagógico multimédia.
[Introdução ao Relatório Final do estudo]
Efetivamente existem necessidades reais dos professores para dominarem instrumentos que lhes diminua o stress a níveis aceitáveis, incluindo produtos, conclusões e recomendações diversas de natureza individual, organizacional e institucional.
Em tal contexto justificativo perante o qual os professores ainda não encontram instrumentos suficientemente tratados que lhes permitam elaborar respostas globais aos problemas, o estudo que se apresenta pretende, justamente, além das intenções anteriormente mencionadas, avançar com respostas às incertezas, angústias e pressões sofridas pelos professores, dotando os corpos docentes e os corpos diretivos das escolas com instrumentos capazes de alterar tais situações, designadamente através da apresentação de boas práticas na redução do stress ocupacional, modalidades de organização e gestão escolar, estratégias individuais de gestão do stress, estratégias de formação de professores para o ensino da prevenção de riscos profissionais, diagnóstico de necessidades de formação dos professores em matéria de riscos psicossociais, intervenção tipo de formação / tutoria / consultoria em gestão do stress, perfis profissionais, estrutura e metodologia de um programa e-learning, team building, jogo didático para gestão do stress e jogo pedagógico multimédia.
[Introdução ao Relatório Final do estudo]