quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Stress Ocupacional em Professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário

‘Stress Ocupacional em Professores do Ensino Básico e do Ensino Secundário: metamorfoses escolares, riscos e níveis diferenciados de gestão do stress’

[Posição: Coordenador Científico: período de janeiro a dezembro de 2016]

O setor do ensino tem passado por numerosas e sucessivas reformas e por novas situações sociológicas que instabilizam a classe profissional dos professores e lhes acarreta angústias, incertezas, receios e outros sentimentos decorrentes de condições de trabalho consideradas cada vez mais precárias no que respeita principalmente a riscos psicossociais decorrentes das suas atividades profissionais que lhes exige a desmultiplicação em inúmeras frentes relacionais.

Paralelamente, os professores sentem falta de confiança no trabalho devido a mudanças rápidas, e as novas tecnologias têm causado muito stress devido à sua incapacidade ou dificuldade de permanecerem sempre atualizados nas suas áreas de especialização.

As novas condições de trabalho acarretam, entre outros fatores, sobrecargas de trabalho mais elevadas, intensificação de tarefas, maiores responsabilidades, novas competências e conhecimentos especializados, climas sociais escolares mais tensos entre todos os atores do sistema ensino‘.

Os novos riscos psicossociais influenciam diretamente o stress ligado ao trabalho e as mudanças operadas criaram problemas de equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada e de saúde mental dos professores, levando a aumentar o stress ligado ao trabalho.

A longo prazo, o stress tende a criar sérios problemas de natureza física e psicológica nos professores, originando lesões osteomusculares, hipertensão, úlceras digestivas e insuficiências cardiovasculares, bem como distúrbios de sono, síndrome do esgotamento, manifestações obsessivas, sintomas depressivos, comportamentos de risco e morte prematura.

Daí que o estudo tenha partido de interrogações várias, de entre as quais se destacam: Quais as fontes de stress dos professores? Quais os efeitos do stress no professor enquanto indivíduo e enquanto docente? Que apoios encontram na microestrutura e macroestrutura organizacional e social para lidar com as ameaças, com os constrangimentos e com as dificuldades que os perturbam e os desgastam mentalmente e fisicamente? Quais as estratégias que os professores utilizam na gestão das pressões/tensões que as contingências do exercício profissional lhes impõem? Quais são as melhores soluções e/ou práticas na prevenção e mitigação do sofrimento que tais situações infligem?

Face a tais questões o estudo propôs-se caracterizar o fenómeno do stress tal como se manifesta em situações concretas do trabalho dos professores nas escolas do ensino básico e do ensino secundário, descrever os traços de personalidade e a sua influência nas respostas dos professores às experiências de stress e stressores e dotar os professores de instrumentos de prevenção e gestão do stress, num contexto de mudanças significativas no ensino e de complexas interações entre os principais atores envolvidos (corpo diretivo, corpo docente, discentes, pais/encarregados de educação).

As situações de disfuncionalidades tendem a suceder quando os professores não controlam as suas condições de trabalho, ou não possuem estratégias de confronto adequadas ao contexto, ou não dispõem de apoio social necessário.

Efetivamente existem necessidades reais dos professores para dominarem instrumentos que lhes diminua o stress a níveis aceitáveis, incluindo produtos, conclusões e recomendações diversas de natureza individual, organizacional e institucional.

Em tal contexto justificativo perante o qual os professores ainda não encontram instrumentos suficientemente tratados que lhes permitam elaborar respostas globais aos problemas, o estudo que se apresenta pretende, justamente, além das intenções anteriormente mencionadas, avançar com respostas às incertezas, angústias e pressões sofridas pelos professores, dotando os corpos docentes e os corpos diretivos das escolas com instrumentos capazes de alterar tais situações, designadamente através da apresentação de boas práticas na redução do stress ocupacional, modalidades de organização e gestão escolar, estratégias individuais de gestão do stress, estratégias de formação de professores para o ensino da prevenção de riscos profissionais, diagnóstico de necessidades de formação dos professores em matéria de riscos psicossociais, intervenção tipo de formação / tutoria / consultoria em gestão do stress, perfis profissionais, estrutura e metodologia de um programa e-learning, team building, jogo didático para gestão do stress e jogo pedagógico multimédia.

[Introdução ao Relatório Final do estudo]

II International Meeting ISSOW

Comunicação: Metamorfoses Escolares e Stress Ocupacional em Professores do Ensino Básico e Secundário

Membro da Comissão Científica

Atualização das Ofertas Formativas em Cabo Verde

Estudo de Atualização das Ofertas Formativas a Nível do País

[Posição: Team Leader; 1ª fase: Novembro e Dezembro de 2016; 2ª fase: 2017]

Mapear as entidades a nível local/regional, identificando as suas responsabilidades e domínios de ação em Formação Profissional.

Mapear as ofertas formativas disponibilizadas pelas entidades do setor público e privado nos últimos dois anos.

Identificar as oportunidades do mercado, as necessidades de competências e o desenvolvimento de novas formações.

Mapear as ofertas formativas em função das necessidades do desenvolvimento socioeconómico regional das Ilhas para os próximos cinco anos.

Plano estratégico para a implementação das principais recomendações do Estudo no que tange aos ajustes das ofertas formativas às necessidades do mercado de trabalho.