segunda-feira, 14 de julho de 2008

Igualdade de Género no Trabalho - situações problema e perspectivas de futuro


Igualdade de Género no Trabalho – situações problema e perspectivas de futuro, (coordenador), Lisboa, AEDES / ISCSP / POEFDS, 2008, 159 pp. / Autores: Fausto Amaro e Rui Moura (coordenadores), António Neto, Celeste Quintino e Rui Serapicos.

Sinopse na Contra Capa:

O objectivo central da investigação que se publica consiste na identificação dos vectores que potenciam a igualdade de género no trabalho e emprego em Portugal

Os casos estudados mostram que não é comum a existência de uma política definida e formalizada no que respeita à igualdade de género. Porém, as empresas não apresentam discriminações sistemáticas e, em muitos casos, praticam medidas favoráveis à igualdade de género, mas não são implementadas num quadro de gestão. Isto é, muitas dessas medidas não são enquadradas formalmente num modelo de gestão, ocorrendo amiudadas vezes nas práticas informais.

O estudo desenvolvido mostra, também, que a modernização da organização do trabalho e a criação de redes de proximidade são dimensões incontornáveis da igualdade de género no trabalho. Por um lado, é essencial a criação de serviços de proximidade que incluam diversos serviços de apoio familiar e que contribuam para a conciliação da vida profissional e da vida privada. Por outro lado, há que modernizar a organização do trabalho por via de novas modalidades de gestão do tempo de trabalho, de envolvimento dos indivíduos e de planeamento de novas competências.

A igualdade de género é algo que não se obtém de forma nominal, mas através de decisões políticas que envolvam diversos domínios e façam com que as questões de género sejam tratadas transversalmente a todos os níveis e em todas as fases de implementação dos processos organizacionais.

O novo paradigma apela à igualdade de género e as organizações de trabalho exigem gestores e trabalhadores aptos para novos cargos estratégicos, novos perfis profissionais, proliferação de estruturas em rede, equipas de projecto, equipas de resolução de problemas, responsabilidades e tempos de trabalho partilhados.

Paralelamente emergem novos conceitos de responsabilidade social das organizações, de governança corporativa e de contrato moral entre empregadores e empregados no sentido de explicitar a necessidade de consolidação da ‘empresa cidadã’, da capacidade de ‘empregabilidade’ e da empresa como ‘comunidade auto-sustentável’.

A disseminação destes conceitos que lhe são associadas determina que a ‘empresa cidadã’ confira cidadania social aos seus membros, capacidade de empregabilidade num quadro de desenvolvimento, formação profissional e carreiras profissionais, e que desenvolva redes e parcerias sólidas com outras organizações para que se torne um espaço auto-sustentável e duradoura.

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